4 dias em Foz do Iguaçu: um roteiro enxuto para curtir a cidade

Fui a Foz do Iguaçu em dezembro/2017 e passei 4 dias lá. Consegui encaixar essa viagem em 2 semanas de férias que tirei, antes de fazer um cruzeiro que durou cerca de 1 semana (e que já foi assunto de outro post – leia mais aqui).

Achei esse tempo suficiente para conhecer as principais atrações da cidade. Claro que, tendo mais tempo, sempre haverá mais lugares para se conhecer, né?! Mas se você tem 4 dias disponíveis, já terá como ver uma grande parte dos atrativos do lugar.

As passagens conseguir trocar por milhas – em torno de 10 a 11 mil milhas por pessoa a passagem de ida e volta,em voo direto do Rio para Foz. Achei que valeu bem à pena! De vez em quando recebo algumas mensagens das empresas de milhagem (Multiplus e Smiles) anunciando passagens para lá por essa quantidade de milhas. Não tenho consultado para verificar como estão os voos, mas, caso achem por essa quantidade, eu acho que vale à pena.

No mês que fomos (início de dezembro), estava beeem quente e abafado, por ser quase verão. Não choveu nenhum dia em que estivemos lá. Conheço pessoas que foram no inverno (julho) e até no outono (maio) e que pegaram um tempinho bem frio, precisando de casaco e tudo mais! Pelo que os guias disseram, as estações são bem definidas lá em Foz.

ONDE FICAR

Nos hospedamos no Hotel Bogari, que fica no Centro da cidade. Gostei bastante da localização do hotel, que fica numa avenida movimentada (Av. Brasil) e que tem bastante comércio próximo. Em um dos passeios que fizemos, o guia falou que essa rua é carinhosamente chamada de Av. dos Hipocondríacos, por conta da quantidade de farmácias (hahahaha!)!

Além disso, há um quiosque do Ticket Loko bem ao lado do hotel. O Ticket Loko é, mal comparando, um Peixe Urbano que vende algumas atrações de Foz e também de Puerto Iguazu (cidade na Argentina,ao lado de Foz) por preços mais em conta. Eles têm um site no qual você pode consultar as ofertas de cada dia. Mas, para comprar, só mesmo nos pontos de vendas (que são 9 no total, segundo consulta efetuada no site do Ticket Loko em dezembro/18 – um deles, ao lado do hotel que ficamos).

O hotel tinha um café da manhã muito diversificado e um quarto ótimo! Além disso, ainda tinha ofurôs e piscina! Ótimos para relaxar depois de um dia de andança pelos atrativos de Foz. Recomendo muito a estadia nesse hotel.

ONDE COMER

Do lado do hotel em que ficamos não havia muita opção de restaurante. No primeiro dia pegamos uma dica com o rapaz do transfer que nos levou do aeroporto ao hotel. Ele recomendou um lugar chamado Marias e Maria, que na verdade é uma confeitaria na mesma rua do hotel,um pouco mais a frente (cerca de 5 minutos a pé). Lá, além de várias coisas lindas de padaria mesmo e que pareciam muito gostosas, também tinha comida no horário do almoço, no sistema de quilo. Gostamos bastante de lá, o preço do quilo era em conta e tinham sucos naturais muito gostosos! Fomos lá umas 2 ou 3 vezes durante a viagem.

Jantamos uma vez na La Mafia Trattoria,que tinha várias massas deliciosas e funciona no sistema a la carte. Eles ofereciam transporte, pegando e levando a gente no hotel. No entanto, ninguém disse que o mesmo seria cobrado e, no final, foi cobrado 5 reais por pessoa,por cada trajeto, totalizando 10 reais por pessoa. Só ressaltamos que isso deveria ter sido avisado antes. Então lembrem-se de confirmar se é cobrado ANTES de pedirem o transporte.

Também jantamos na 4 Sorelle, um outro restaurante italiano. Lá o esquema era de rodízio de massas e pizzas, mas não gostamos muito da comida. Eles ofereciam o transporte de ida e volta também, e não foi cobrado nenhum valor.

Um outro lugar no qual jantamos eque gostamos muito foi na Noite Italiana do Hotel Bella Italia. Trata-se de um jantar italiano, no restaurante desse Hotel, e que acontece às terças, quartas,quintas, sextas e sábados, das 19h às 23h e custa R$ 85,00 por pessoa (dias,horário e valor consultados em dezembro/2018). O esquema é de buffet livre,então você come o quanto quiser. E ainda tem uma musiquinha italiana e showzinho. Nós compramos com valor mais barato na época, pois fechamos com uma empresa de turismo (a Loumar – falo mais a frente dela) e era época de Black Friday quando fechamos, então eles estavam com vários descontos.

Nós não fomos, mas também tem muita gente que recomenda o jantar show da Churrascaria Raffain. É o mesmo esquema da noite italiana, ou seja, sistema de buffet, self-service, com saladas,comida italiana, pratos quentes, sobremesas, árabe, japonesa, além do churrasco servido nos cepos, onde a pessoa se serve quantas vezes quiser. E tem o show latino americano, que faz uma viagem pela cultura e o folclore de oito países (Paraguai,Bolívia, Peru, Chile, Uruguai, México, Argentina e Brasil). Ele acontece de segunda a sexta, a casa abre às 19:30, com início do show às 20:45, e o preço por pessoa está em R$ 142,00 (dados consultados no site da Raffain em dezembro/2018).

TRANSPORTE EM FOZ

Há diversas opções para se locomover em Foz: alugar carro, andar de transporte público, contratar os passeios diretamente com uma agência de turismo…

Comparando os preços na época, achei que alugar um carro estava dando bem caro (porque além do aluguel, ainda teríamos a gasolina e os estacionamentos) e fechar os passeios com uma agência de turismo também. Então nós optamos pelo Transflix, da Loumar Turismo. Funcionada seguinte forma: você paga um valor fixo (R$ 199,00 por pessoa, com valores mais baixos caso sejam mais pessoas – consultado em dezembro/2018) e tem transporte ilimitado para 9 atrações de Foz por 1 semana – inclusive transfer do aeroporto pro hotel e vice-versa!

Você agenda o horário para que eles te peguem no hotel e te busquem na atração, de acordo com os horários pré-definidos que eles já têm. Vou te falar uma coisa: foi sensacional! Cumpriram o horário muito certinho (só atrasou quando algum outro passageiro atrasou também)!Recomendo demais!

LUGARES PARA VISITAR

Foz tem muitos atrativos. Vou citar aqui o que incluímos em nosso roteiro:

– Ida à Puerto Iguazu: Puerto Iguazu é uma cidade argentina que faz fronteira com Foz. Lá tem várias coisas legais para se fazer, como por exemplo ir ao Duty Free, na feirinha (que vende coisinhas de comer e tem alguns restaurantes e lanchonetes), no Ice Bar (bar degelo em que você fica por cerca de meia hora e tudo é feito de gelo, até o copo em que você bebe!), jantar em um restaurante argentino que tenha bife de chorizo (fomos no El Tío Querido – bom! Mas acho que podem ter melhores), ir ao cassino, ao Marco das 3 Fronteiras do lado argentino…

Para ir lá, fechamos um passeio privativo com uma outra empresa (a Passeio Tur) e foi muito legal, pois eles fizeram o roteiro que queríamos, passando por todos os pontos previamente acordados.

É sempre bom lembrar que, para ira Puerto Iguazu, é preciso atravessar a fronteira entre os dois países – Brasil e Argentina. Para isso, você deve ter um documento oficial com foto(preferencialmente carteira de identidade – pelo que já li, a carteira de motorista não é aceita) com menos de 10 anos de emissão (já li casos de pessoas que não conseguiram atravessar a fronteira por conta da validade do documento). Na dúvida, leve o passaporte, rs…

– Cataratas do Iguaçu – lado brasileiro: o parque das Cataratas do lado do Brasil é lindíssimo! Chegamos lá por volta do horário do almoço, num domingo, e estava bem cheio, mas a fila andou rápido. Fomos direto ao restaurante Porto Canoas, que fica dentro do parque, para almoçarmos. Ele funciona em sistema de buffet livre, self service – você paga um valor fixo e come o quanto quiser. A comida é gostosa, mas não teve nada que me encantou para que eu super recomende, rs… A vista do lado externo do restaurante é linda!

No parque do lado brasileiro temos um ônibus que faz várias paradas ao longo do parque e te deixa na trilha para as Cataratas no ponto final dele. Nos outros pontos em que ele para tem o passeio do Macuco Safari (em que você vai de barco até as cataratas e toma aquele banho super refrescante – vale muito à pena a experiência!), o hotel Belmont (que fica dentro do parque), um ponto em que você tem algumas atividades mais radicais disponíveis também, entre outros.

A trilha para as Cataratas, embora tenha esse nome, é muito tranquila. São alguns degraus e rampas que você vai percorrendo. Existe até um elevador panorâmico também.

A visão para as Cataratas é surreal, uma sensação indescritível! Eu fiquei apaixonada pelo lugar e pela cidade como um todo, na verdade! Ah, se você não quer se molhar, recomendo usar uma capa quando estiver mais perto das quedas principais. Como quando fomos estava um calor danado, o spray de água foi maravilhoso!

– Parque das Aves: esse passeio é perfeitamente combinável com o das Cataratas do lado brasileiro, pois um fica em frente ao outro. Fizemos esse no mesmo dia das Cataratas, pela manhã. O parque é lindo e tem aves de vários tipos. O trajeto é bem tranquilo, você vai seguindo um caminho definido e não tem como se perder.

– Cataratas do Iguaçu – lado argentino: já tinha lido que o lado argentino é muito mais bonito que o brasileiro. Na minha opinião, cada um tem a sua beleza e, se possível, você deve ir nos dois! Uma coisa é certa: o parque argentino é beeem maior que o brasileiro. Então você leva praticamente o dia inteiro lá, caso queira ver tudo.

Importante: a entrada no parque argentino só pode ser paga em pesos! Como nós fomos até lá com o guia do Transflix da Loumar Turismo (esse é o único passeio do Transflix que inclui guia), ele parou numa casa de câmbio ainda em Foz para que pudéssemos comprar alguns pesos.

Quando chegamos, o guia nos levou até a Garganta do Diabo. Nossa! Que coisa linda! Apesar do nome “feio”, rs, aquela imensidão de água caindo é realmente impressionante! Só presenciando para sentir mesmo.

Depois, havia 2 trilhas para seguir: a superior e a inferior. O guia então nos deixou livres e marcou um ponto de encontro e horário para que nos encontrássemos posteriormente. Quem conseguisse, podia fazer as 2 trilhas dentro do espaço de tempo que tínhamos. A gente conseguiu e adoramos as duas, pois de cada uma você tem um ângulo diferente das quedas d’água. Elas não são difíceis, somente se anda muito. Como na parte brasileira, são escadas e rampas, nada de escaladas ou de lugares desnivelados(apesar de serem chamadas de trilhas).

Preferimos não almoçar lá pelo parque, pois o único que restaurante que tinha achamos bem caro. Acabamos fazendo apenas um lanche na lanchonete dentro do parque mesmo. Aí vale um aviso: cuidado com os quatis!!! Tanto aí quanto das demais áreas do parque (e tanto a parte brasileira quanto a argentina). Se der mole, eles levam até a sua comida! Não é brincadeira não, rsrs…

– Ciudad del Este – Paraguai: famosa pelas compras! Mas cuidado para não ser enganado. Antes de chegarmos lá,ainda no transporte, a pessoa da Loumar que estava conosco na van deu dicas de alguns shoppings confiáveis para comprar: Monalisa, shopping China, shopping Paris… Então procure sempre comprar nos lugares indicados pelos guias para não se dar mal. Mesmo com as indicações acabei comprando um perfume numa loja de um shopping (que não foi indicado, rs) e depois vi que o perfume provavelmente não é original, pois não fixa, sai rapidinho! E como já tive esse perfume antes (e era original), sei que ele não é assim.

Compramos também 2 carregadores portáteis para celular num shopping de eletrônicos. Esses foram bons, funcionam perfeitamente até hoje e dão mais de uma carga no celular. A marca deles é Pineng.

No shopping Monalisa acabamos comprando somente chocolates, rs… Não achamos os preços muito atrativos. Na época, estava valendo mais à pena levar dólar em espécie, pois a conversão estava boa. Como não sabíamos, acabamos não levando e aí não foi tão vantajoso.

Tivemos muito pouco tempo para as compras lá. Se um dia eu voltar lá, quero ir com mais tempo para fuçar as lojas, rs… Ah, e embora você tenha que atravessar a fronteira, ninguém pede nada de documentação. É um pouquinho bagunçado.

Embora a gente pense em Ciudad del Este só serve para comprar, tem um passeio que eu vi por lá que mostra uma outra cara da cidade, que parece ser muito legal! Mas infelizmente não deu tempo de fazê-lo! Caso alguém tenha tido essa experiência, conta para a gente aí nos comentários!

– City Tour Foz do Iguaçu: esse passeio não fizemos pelo transporte do Transflix, mas conseguimos comprar o ingresso um pouco mais em conta utilizando o Ticket Loko. É um passeio num ônibus panorâmico e que para em 3 pontos de Foz: Templo Budista, Mesquita Islâmica e Marco das Três Fronteiras (lado brasileiro).

Gostamos muito desse passeio que,além de parar nesses 3 pontos, também conta mais sobre a cidade e mostra alguns outros locais enquanto passamos por eles.

O Templo e a Mesquita não precisam de ingresso para visitação e são muito legais de serem visitados. Você desce do ônibus e o guia te dá um tempinho (curto, mas suficiente) para ver os locais. Já o Marco precisa de ingresso (compramos mais barato um pouco no Ticket Loko também) e o guia também dá um tempinho para você ver o local.Também é um lugar bem legal e de onde você consegue avistar tanto a Argentina quanto o Paraguai!

– Itaipu Binacional: a Usina de Itaipu oferece diversos tipos de passeio. Como fomos lá no último dia em Foz,pela manhã, e estava bem corrido para nós, escolhemos o mais básico, que é a visita panorâmica. Basicamente é um passeio em um ônibus panorâmico em que você conhece a usina toda por fora. Ele faz 2 paradas durante esse percurso, mas você não é obrigado a descer: nesse caso, é só continuar o trajeto no ônibus. Caso desça, ficará o tempo que quiser no local e, quando quiser, é só se dirigir ao ponto e aguardar o próximo ônibus para prosseguir sua viagem.

O passeio que eu gostaria mesmo deter feito é o Circuito Especial, no qual, além de ver a usina por fora, você também a vê por dentro. Se por fora aquela imensidão já te deixa boquiaberto,imagina vendo a parte de dentro também? É outro passeio que quero fazer quando retornar à Foz.

E você? Já foi a Foz do Iguaçu?! O que achou da experiência? Ficou apaixonado pela cidade assim como eu? Conta para a gente aqui nos comentários! Até o próximo post!