Cruzeiros: dicas para relaxar e se divertir (não só) em alto mar!
Os cruzeiros são uma forma de conhecer rapidamente alguns lugares e, de quebra, ainda conseguir relaxar durante os períodos em alto mar.
Já fiz dois cruzeiros, ambos pela empresa MSC: um em janeiro/2014, no navio MSC Orchestra, e outro em dezembro/2017, no navio MSC Musica. O primeiro durou de 12 a 18/1/2014 (6 noites) e o segundo de 7 a 15/12 (8 noites).
O Orchestra foi pelo litoral do Brasil, parando em Búzios – RJ, Ilhéus e Salvador – Bahia. Já o Musica foi um cruzeiro internacional, parando em Buenos Aires – Argentina, Punta del Este – Uruguai e Ilhabela – São Paulo.
Nas duas vezes, nós compramos via internet. Da primeira, pelo site da Decolar. Correu tudo bem, enviaram os vouchers e os apresentamos na hora do embarque no porto do Rio de Janeiro. No segundo, compramos diretamente pelo site da MSC e também recebemos os vouchers via e-mail e os apresentamos para embarcar. Nas duas vezes conseguimos parcelar sem juros, por ambos os sites.
CHECK IN
O check in é bem simples. Você chega no porto, deixa a sua mala já etiquetada (a etiqueta vem no voucher) na parte de entrega das malas e depois vai para o local em que o embarque é efetuado. Lá você recebe uma senha (um cartão com um número, em que várias pessoas tem o número igual) e fica aguardando aquele número ser chamado. Quando ele é chamado, as pessoas que tem o cartão com aquele número se encaminham para a fila, que tem vários guichês que vão chamando cada um para fazer o check in.
Da primeira vez que fomos, no voucher dizia um horário para check in. Mas pesquisando na internet eu descobri em algum blog (que agora infelizmente não faço ideia de qual foi), que o ideal é você chegar bem cedo, umas 10h da manhã, por exemplo, mesmo que no seu voucher esteja marcando o check in para 15h da tarde. O porquê? Quanto mais cedo você chega, mais vazio está e mais rápido você é chamada. Você entrando, já pode usar as dependências do navio, inclusive sua cabine (só a mala que pode ainda não estar lá, então leve biquíni/sunga e uma outra roupa, se achar necessário, na mala de mão), e até mesmo já almoçar lá dentro!
Foi assim que fizemos da primeira vez e foi maravilhoso!!! Recomendo muito!
Da segunda vez não sei porque nós não seguimos esse conselho. Eu acho que me confundi, sei lá. E foi horrível! Chegamos perto da hora informada no voucher, já à tarde, e estava MEGA lotado o lugar! Nós fomos praticamente o último grupo a ser chamado para embarque! Logo depois que entramos o navio já se preparou para partir. Ou seja: não faça dessa forma! Siga o conselho do parágrafo acima!!!
Ah! Você deve estar se perguntando: e a mala? Ela milagrosamente aparece em frente à porta da sua cabine depois! Hahaha! Sério, é muito legal! Dá um medinho de ela sumir, né, mas nunca aconteceu com a gente não, rs!
É sempre bom lembrar que, para visitar os países como Argentina e Uruguai, algumas cias aéreas pedem que seja apresentado um documento de identidade com menos de 10 anos de emissão. No cruzeiro que fizemos também pedia desse jeito. Como a identidade do meu marido já tem mais de 10 anos, optamos por levar o passaporte.
O que achamos muito esquisito foi que, nesse cruzeiro que foi internacional, o seu documento de identificação (seja o passaporte ou seja a identidade) fica retido e você só pega ele no fim do cruzeiro, antes de sair do navio! Não conseguimos chegar numa conclusão do motivo pelo qual eles fazem isso, mas imaginamos que deva ser por conta de controle na fronteira, alfandegário, algo assim. Se alguém souber o motivo, conta para a gente aqui nos comentários! (EDIT: segundo a nossa seguidora Viviane Lopes, os documentos ficam retidos para que diminua o risco da pessoa ficar no país onde há desembarque. Valeu, Viviane, pela colaboração! 🙂 )
Ah! É muito legal também ver o navio zarpar! Portanto, não perca esse momento! Dê uma olhada no horário em que ele vai sair e fique lá no deck acima da piscina para ver esse momento, que é único! Dependendo de onde o seu navio sai então, rende ótimas fotos! Como os nossos saíram da Cidade Maravilhosa, temos vários registros desse momento!
QUE TIPO DE CABINE ESCOLHER?
Em ambas as vezes nós optamos pela cabine mais barata, a interna. Ou seja, não tem janela nem varanda. O motivo de termos feito essa opção foi realmente o preço, pois passaríamos o tempo praticamente todo fora da cabine, só indo nela para tomar banho e dormir. Então, não achamos que compensava gastar mais optando por uma cabine com escotilha (até porque ela não abre, rs) ou com varanda.
No entanto, da segunda vez, fomos agraciado com um upgrade! Sim, isso mesmo! Pagamos por uma cabine interna e a MSC nos deu uma cabine externa com varanda! Tem como ficar triste? Claro que não, né? E é claro que a cabine com varanda é muito mais agradável do que a interna, por ser maior e ainda ter a vista daquele marzão!
Mas, se fôssemos fazer um novo cruzeiro, tranquilamente iríamos de cabine interna de novo, sem o menor problema.
O NAVIO BALANÇA MUITO?
A pergunta que todo mundo faz: e o navio, balança muito?! Olha, sinceramente não. Nos dois cruzeiros foi bem tranquilo. Mas, no segundo (Musica), como ele foi para o sul (em direção à Argentina), diziam que iria balançar mais. Realmente, sentimos um pouco mais do que no primeiro, mas nada que fosse insuportável. Faria novamente sem sombra de dúvidas.
Uma coisa que incomodou um pouco no segundo cruzeiro foi que a nossa mesa do jantar ficava em algum ponto do navio que “tremia”. As mesas daquela área meio que chacoalhavam, o que era um pouco incômodo. Mas como os lugares eram marcados (explico mais abaixo), não tínhamos o que fazer. Provavelmente isso devia estar relacionado àquela parte do navio, próximo a algum componente dele que vibrava mais ali do que nos outros lugares.
COMO PAGAR O QUE CONSUMIR DENTRO DO NAVIO – CARTÃO, DINHEIRO EM ESPÉCIE ETC
Dentro do navio, ao menos os da MSC (que é uma empresa italiana), a moeda utilizada é o dólar. Se você levar reais em espécie para pagar a conta, vai cair na conversão utilizada pela empresa, que nem sempre é a melhor.
Como nós já tínhamos alguns dólares que haviam sobrado de outra viagem, valeu mais a pena levar o dólar em espécie que compramos no nosso banco, por uma cotação melhor.
Também dá para pagar usando cartão de crédito internacional. Mas aí você fica preso à cotação do dólar do cartão, que oscila, e ainda tem o IOF que é cobrado na fatura.
O QUE FAZER EM ALTO MAR
Nos navios, as opções são muitas para passar o tempo livre em alto mar. Tem cassino, spa, animação dos recreadores (tanto para adultos quanto para crianças), piscina, ofurô, festas, bingo, shows… É muita opção!
Sempre à noite, a camareira deixava dentro da cabine um jornalzinho com a programação do dia seguinte. É muito útil olhar esse guia para escolher o que você quer fazer no outro dia.
O cassino funciona quando o navio está em alto mar aqui no Brasil (pois quando está atracado em terras brasileiras ele não pode funcionar) ou quando está ancorado também, dependendo do país em que ele esteja. Tem horários pré-determinados para abrir e conta com vários jogos: roleta, black jack (21), aquelas maquininhas de moedas (viciante, hahaha!) etc.
O spa é pago à parte. No primeiro cruzeiro, fizemos uma massagem tailandesa (muito boa!) e, com isso, pudemos utilizar a parte dos ofurôs do spa (tipo um banho termal, água super quente). Foi bem relaxante, achamos que valeu à pena a experiência.
Quem gosta de passar o dia inteiro na piscina (onde tem muitas coisas da animação para adultos, como aulas de dança, quizzes, jogos etc), é bom chegar cedo, pois as espreguiçadeiras acabam rápido. Isso acontece também porque as pessoas têm a mania desagradável de marcar as cadeiras com suas coisas (toalhas, chapéus etc) e irem para outro lugar.
Ao mesmo tempo, quando fica um pouco mais tarde, você acaba encontrando espaço por lá, pois as pessoas começam a ir almoçar ou fazer outras atividades).
Perto da piscina, existem algumas jacuzzis, nas quais cabem aproximadamente 8 pessoas. Da primeira vez, não conseguimos usar, pois as pessoas que estavam usando simplesmente não saíam dali, tremenda falta de educação. Dessa última vez conseguimos ir por mais de uma vez. A dica é ficar de olho e, se estiver cheio, ficar ali do lado esperando a sua vez. Dessa vez vimos até funcionário do navio “expulsando” as crianças que estavam usando a jacuzzi como se não houvesse amanhã, rs…
De vez em quando também rola um bingo (no mesmo esquema do cassino, quando está em alto mar, pois atracado no Brasil não pode, ou quando está atracado em um país que permita), que é pago à parte. A gente é viciado em bingo, então sempre que tem nós participamos! Mas nunca ganhamos nada, hahaha! No MSC Orchestra a gente deixou de ganhar por UM número! Que depois descobrimos que seria o próximo número a ser sorteado… =P
As festas do navio são uma atração à parte. A cada noite rola uma com tema diferente: festa do branco, festa havaiana, anos 60, baile de gala (com direito à foto com o comandante e tudo!) etc. Os animadores dão um show em cada uma delas!
A cada noite também há um show diferente. São duas apresentações por noite. Quem janta no primeiro turno, vê o segundo show e quem janta no segundo turno, vê o primeiro show. No entanto, caso você jante no primeiro turno e dê tempo, poderá ir ao primeiro show sem problemas, pois não há um controle de quem entra no teatro. O pessoal que faz o show é muito profissional, tem de tudo: cantores, contorcionistas, malabaristas, dançarinos… São imperdíveis!
Nesse último cruzeiro que fizemos teve um evento que era tipo aquele programa America’s Got Talent, só que com o pessoal da tripulação. Tinha garçonete cantora, camareira malabarista, marinheiros dançarinos… Nossa, foi muito legal! Esse evento foi depois das duas apresentações do show, à parte. Ou seja, mais um show!
Ah! Nos navios também tem free shop! Com perfumes, chocolates, relógios, bolsas etc. Nós, particularmente, não achamos nada com um preço muito atrativo não. Às vezes rolavam algumas promoções, mas também nada que enchesse os nossos olhos. Mas, para quem gosta de gastar, é um prato cheio, hahaha!
Algo que a gente viu nesse segundo cruzeiro também foi a venda de fotos. Eles te param no meio do navio, em algum cantinho que eles armam, e fazem quase um book seu, rs… Em outro momento, a mesma coisa, mas em outro cantinho. No fim das contas, eles tem oferecem as fotos por um valor x, que pode ser então a foto individual ou um pacote. A gente caiu nessa, hahaha, pois tiramos umas fotos lindas e não conseguimos deixar de comprar!
COMIDA
A comida no navio é bem farta e tem muitas opções. Existem dois restaurantes que já estão inclusos no valor e você não paga nada a mais para comer neles. Um deles é o restaurante “chique”, no qual você tem a mesa marcada para o jantar e o turno também.
Da primeira vez, nós fomos automaticamente colocados no primeiro turno do jantar, que começa às 19:30 e tem 15 minutos de tolerância para você entrar no restaurante. Como éramos somente duas pessoas (eu e meu marido), nossos lugares eram em uma mesa grande, com mais cinco pessoas: três senhoras e um outro casal. Foi muito legal interagir com o pessoal, pois eram pessoas muito simpáticas!
Já da segunda vez, fomos colocados no segundo turno, que começa às 21:30. Achamos um pouco tarde para nós e fomos tentar trocar a opção com o maitre, que conseguiu nos atender. Ficamos em uma mesa com um outro casal, mas esses eram mais reservados, então não rolou nenhum papo, rs…
Fazendo uma pesquisa, descobri que você pode solicitar o turno que quer o jantar no momento da reserva. No entanto, em nenhuma das duas vezes que compramos apareceu essa opção para a gente marcar. Mas fiquem atentos então, caso tenham alguma preferência, porque nem sempre eles vão conseguir realocar você lá na hora em que já está no cruzeiro.
Ah, e se você está viajando com mais gente, na hora da reserva também é possível solicitar que coloquem todos na mesma mesa, ou ao menos próximo. Então fiquem atentos a isso também, se estiverem com um grupo grande.
A comida nesse restaurante é maravilhosa. Eles trazem um cardápio com as opções disponíveis e você escolhe normalmente uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Mas, caso queira pedir dois pratos principais e/ou duas sobremesas, por exemplo, não tem problema, eles trazem o que você pedir.
Os garçons que nos atenderam nas duas ocasiões foram muito simpáticos também, sempre prestativos. A maioria deles não é brasileiro: tem muita gente da Indonésia e de outros países daquela região. É muito legal essa troca de experiência. Às vezes eles não entendem direito português, mas é só você apontar o que quer no cardápio que ele com certeza vai entender e, se não for possível, vai chamar alguém que consiga entender o que você deseja!
No primeiro cruzeiro fomos atendidos no jantar por um garçom da Indonésia chamado Juliawan! O cara era um rapaz super novinho e extremamente simpático!!! Às vezes falávamos com ele em inglês para nos entendermos melhor, mas a mímica também ajudava muito quando mostrávamos o que queríamos no cardápio, rs… E ele também se arriscava no português. Ah, e ele fazia várias “esculturas” usando o guardanapo! Bichinhos, rosas… Nossa, foi MUITO legal! Além dele, também fomos atendidos pela Marcela, uma brasileira muito simpática também.
No segundo cruzeiro também fomos bem atendidos, mas não me recordo do nome do garçom, rs… A experiência não foi tããão marcante quanto a do primeiro com relação a isso.
No restaurante mais chique não se serve apenas o jantar não. O almoço e o café da manhã também são servidos lá, mas nesse caso não tem mesa certa. O garçom te acomoda de acordo com a ocupação. Da primeira vez, tomamos café, almoçamos e jantamos todos os dias nesse restaurante. A experiência foi única, de um lugar super requintado, com uma comida de muita qualidade.
Já na segunda vez em que fomos, achamos que o almoço deixou muito a desejar! Serviço lento, mais de 10 minutos para o garçom vir à mesa para fazermos o pedido… Muito bagunçado! Ficamos bem decepcionados, pois a nossa primeira experiência tinha sido muito maravilhosa! Então acabamos almoçando somente uma vez no restaurante chique no segundo cruzeiro que fomos e nem tomamos café da manhã lá.
Nesse restaurante mais “popular”, o esquema é buffet. Então você mesmo se serve, quantas vezes quiser, entre frios, entradas, pratos principais e sobremesas. O estilo é de comida que agrada a mais gente, sem tanto requinte, mas muito gostosa também.
Com relação às bebidas: nos cruzeiros da MSC são vendidos alguns pacotes de bebidas, de vários tipos: uns que só dão direito à água, outros que tem água, refrigerante, sucos e bebidas não alcoólicas, outros que tem bebida alcoólica incluída também… Para quem bebe, com certeza vale à pena. Eu e meu marido não bebemos, então da primeira vez optamos somente por um pacote com água e, quando queríamos, pedíamos um suco ou refri diretamente na mesa ao garçom.
Vendo isso depois, descobrimos que não valia à pena, pois, lá no restaurante “popular” fica disponível água durante todo o dia, de forma gratuita, além de café e leite também. Assim, como já tínhamos essa informação, da segunda vez levamos cada um uma garrafinha e as enchíamos com água para passar o dia e íamos enchendo conforme bebíamos. Aí, quando queríamos beber algo durante a refeição, pedíamos ao garçom mesmo. Dessa forma funcionou muito bem para a gente.
Ah, é legal também lembrar que a cada dia eles põem em promoção um drink com e outro sem álcool. A gente sempre ficava de olho e, em alguns dias, bebíamos o drink sem álcool do dia. Todos bem gostosos!!!
PASSEIOS
O próprio navio oferece diversos tipos de excursão nos lugares em que ele para. Elas costumam ser bacanas, mas custam beeem caro (ainda mais que o preço é em dólar, né?!)! O problema é o seguinte: às vezes a parada naquele determinado ponto é rápida e, se você estiver por conta e atrasar, corre o risco do navio sair e você ficar! Se a excursão em que você estiver for do próprio navio e ela atrasar, aí sim, o navio espera aquela galera para poder zarpar.
Tenho os dois tipos de experiência para passar para vocês: excursão do navio e por mim mesma. Da primeira vez, as paradas foram todas no Brasil, mas duraram menos de 24 horas. Você chegava de manhã no local e no fim do dia o navio já ia embora.
1ª parada – MSC Orchestra – Buzios – RJ
Em Buzios não há porto. Então o navio fica parado o mais próximo possível da costa e o desembarque se dá através de lanchas, que levam os passageiros até o cais. Como nós já conhecíamos alguma coisinha de Búzios e nunca tínhamos feito cruzeiro, resolvemos não descer nessa parada. Então curtimos o dia dentro do navio mesmo.
Ah, porque é sempre bom lembrar: embora o navio fique atracado durante essas paradas, ninguém é obrigada a descer não! E tem muuuitas atividades dentro do navio! Então se determinado lugar não te interessa, você pode até aproveitar e ficar no navio mesmo, pois ele costuma ficar mais vazio quando está numa parada, já que a galera normalmente sai dele para poder visitar o local. #dicaCDT
2ª parada – MSC Orchestra – Salvador – BA
Nós não conhecíamos Salvador e, claro, quisemos aproveitar a oportunidade! Nessa época (2014), eu ainda não era rata de roteiro, hahaha, então pegamos uma excursão do próprio navio, que passava em alguns pontos principais, como Igreja do Bonfim, Farol da Barra e Pelourinho. Eu, particularmente, gostei da excursão, mas lembro que houve um estresse entre uma das pessoas do grupo e o guia, então ficou um climão. Se não me engano, a pessoa até largou a excursão no meio! Tenso…
Prós da excursão: você não precisa se preocupar com o trajeto, roteiro, itinerário, transporte… Nada! Só deixar o guia te levar, rs…
Contras: é muito corrido! Não deu tempo de entrar no Farol da Barra, nem de descer/subir pelo Elevador Lacerda… É aquilo: para, tira foto e volta pro ônibus para ir para o outro ponto. Não sou fã desse tipo de passeio. Embora eu seja rápida para ver os locais, tem um ou outro em que você quer ficar um pouco mais. Fora que, quando o guia te dá um tempo livre, sempre tem aquele espertinho que abusa e você, que volta na hora combinada, fica lá que nem um trouxa esperando o bobão que demorou mais tempo. Isso me irrita profundamente.
3ª parada – MSC Orchestra – Ilheus – BA
Também não conhecíamos Ilheus e descemos, novamente com a excursão do próprio navio. O tour que escolhemos contava com uma visita ao centro histórico da cidade e depois a ida à Cachoeira do Tijuípe.
O centrinho é pequeno e foi legal conhecê-lo. No entanto, como já dito, tudo muito rápido! E a guia desse passeio tinha um pequeno defeito: falava DEMAIS! Então ela ficava parada contando da história do lugar enquanto queríamos mais era ver as coisas! Isso me deixou um pouco chateada, pois, embora ache legal saber um pouco da história do lugar, o objetivo do passeio é vê-lo, e não apenas ficar ouvindo um monte de coisa.
A cachoeira era bem legal, lugar bonito! Tinha um restaurante por lá, no qual almoçamos (pago à parte) e tomamos um suco que nunca tínhamos visto: suco de cacau! Bem gostoso!
1ª parada – MSC Musica – Buenos Aires – Argentina
1º dia: Nunca havíamos ido à Buenos Aires! O navio chegou lá num domingo de manhã e ficou atracado durante a noite, partindo somente na segunda-feira pela noite! Aí sim!!!
Desse jeito fica fácil programar o roteiro por você mesmo, e foi o que fizemos! Não me arrependo em nada!!! Andamos como dois loucos naquela cidade, rs… Mas muito, muito mesmo!
Primeiramente, aqui do Brasil mesmo fechamos um show de tango, com direito a transporte e jantar, para irmos no domingo à noite. O navio também oferecia esse tipo de excursão, mas o preço era BEEEEM mais caro! Então já começamos a economizar por aí.
Chegando lá, no desembarque, vimos que havia uma casa de câmbio no próprio porto! Aproveitamos para trocar alguns dólares por pesos, para facilitar o pagamento de táxi, compras etc na cidade.
Com um roteiro já pronto desde aqui do Brasil, saímos de perto do porto (sim, porque os taxistas dali não gostam de usar taxímetro e sabem que você é turista, então querem te dar um valor fechado para a corrida) e pegamos um táxi em direção à Feira de San Telmo (que só ocorre aos domingos, no bairro de San Telmo).
De lá, pegamos outro táxi para o Caminito, outro lugar que queríamos ver. Almoçamos ali por perto, passamos em frente ao estádio La Bombonera, do Boca Juniors, para uma foto rápida, e depois pegamos um outro táxi em direção a rua Florida, para conhecer um pouco ali da região também.
Dali fomos andando pela Avenida Corrientes, passando pelo Obelisco, Avenida 9 de Julio, para chegarmos ao Congresso Nacional, de onde sairia um free walking tour pelo Centro de Buenos Aires!
Já falei anteriormente, no post sobre Nova York, sobre os free walking tours. Eles existem em várias cidades do mundo (já fiz em NY, Buenos Aires, Madrid, São Paulo etc) e funcionam assim: em algumas cidades tem sempre e é só você aparecer e participar e em outras você tem que fazer uma reserva prévia no site. O guia faz o tour e você paga no final o quanto achar que valeu aquele passeio. É um jeito muito legal e barato de se conhecer os lugares!
Em BA fizemos o tour com a Free Walks Buenos Aires e foi ótimo! Ah, o tour é em inglês e dura cerca de 3 horas (a pé!)! Eles oferecem dois tours nesse esquema de pague o quanto quiser e outros com valor pré-definido.
Depois do fim do tour, caçamos um táxi para nos levar de volta ao porto, pois ainda iríamos tomar banho para ir ao tango! Hahaha! Foi uma loucura, quase não deu tempo (pois havia um evento da ONU na cidade e várias ruas estavam interditadas!), mas no final, conseguimos!
O tango que fomos foi o Madero Tango. Reservamos tudo aqui no Brasil ainda, pela agência Aguiar Buenos Aires, pagamos em reais mesmo e ficamos na primeira fila, numa mesa somente nós dois, com direito à jantar e bebidas (vinho, água e refrigerante) e também o transporte tanto de ida quanto de volta até o porto. Gostamos bastante e achamos que valeu muito à pena a experiência.
2º dia: No nosso segundo dia em BA, apesar de moídos, rs, continuamos andando muito! Saímos do porto para novamente pegar um táxi e irmos até a Plaza Estado del Vaticano, próximo ao Teatro Colón, de onde sairia o free walking tour, da mesma Free Walks Buenos Aires, só que pelo bairro da Recoleta, famoso pelo cemitério de mesmo nome, que tem o túmulo da Evita.
Foi difícil achar um táxi e também era uma segunda feira, então havia mais trânsito. Como saímos com bastante antecedência do horário de início do tour, acabamos optando por ir andando mesmo. Foi a melhor coisa que fizemos, pois acabamos vendo uma Buenos Aires muito mais bonita do que a do dia anterior!
Esse tour passou pelo bairro da Recoleta e durou em torno de 3h30min, e também foi em inglês. O fim dele é no cemitério da Recoleta. Até entramos nele, mas acabamos não indo ao túmulo da Evita e nem rodando lá por dentro, pois esse tipo de passeio não faz muito o nosso estilo.
Após o final do tour, ainda passamos pela escultura Floralis Generica para bater aquela fotinho básica! Acabamos voltando a pé para o porto, praticamente mortos de tanto andar! Chegamos tarde aquele dia no navio, mas ainda deu tempo de pegarmos o finalzinho do almoço, pois não tinha dado tempo de almoçar por BA, só fazer um lanche durante o tour mesmo.
2ª parada – MSC Musica – Punta del Este – Uruguai
Em Punta del Este não existe porto. Então é o mesmo esquema que em Buzios: o navio fica atracado o mais próximo possível da costa e o desembarque é feito nos barquinhos menores.
Por lá, tínhamos pouquíssimas horas: chegamos de manhã e às 15h o navio já iria partir. Ainda no Brasil, contatei o pessoal do free walking tour de lá, mas infelizmente não encaixava com o horário que a gente tinha disponível. Aí partimos para a excursão do navio mesmo.
Pegamos uma que nos levou a Casa Pueblo, passando (de ônibus mesmo) por algumas praias da região e depois parando rapidamente em outros um ou dois lugares para foto e também na escultura dos dedos, aquela famosona das fotos de Punta, que foi feita pelo artista chileno Mario Irrazábal e fica na Praia Brava. A foto não corresponde à foto sonhada, hahaha, mas foi o que deu para tirar, pois estava lotado quando fomos.
Depois ainda conseguimos ir mega rápido numa lojinha próxima e comprar uma recordação para nossa casa e também um dos melhores doces de leite que já provamos: Narbona! DEUS! Se você for lá, compre que não irá se arrepender!
Quando voltamos para o navio ainda havia algum tempo antes de ele sair, mas estávamos bem cansados dos dias anteriores e acabamos não vendo mais nada por ali, infelizmente. Fica a desculpa para retornarmos! =P
3ª parada – MSC Musica – Ilhabela – SP
Não conseguimos preparar nenhum roteiro para Ilhabela, rs, e o tempo lá também era curtíssimo, com chegada quase à tarde e saída logo no início da noite! Acabamos também pegando a excursão do navio. Essa parava no centrinho de Ilhabela, numa queda d’água e numa praia.
No centrinho foi mega rápido, fomos na igreja principal da cidade rapidamente. Depois, parada na queda d’agua que foi somente para sermos inteiramente picados por borrachudos, pois era algo mínimo! GENTE! O que é isso?! Não vá sem repelente para lá, de forma alguma! Eu tenho alergia a picada de mosquito e fiquei com muitas mordidas nas pernas! O pior é que coçam muito por eu ter alergia! Então cuidado e passem bastante repelente. Depois disso, fomos a uma das praias da cidade. Foi bem agradável ficar por lá algum tempo.
Em suma, achei que esse foi o passeio que valeu menos a pena, por conta do tempo. Era melhor ter ido por conta e visitado alguma praia mais próxima ali do cais de desembarque.
Quando o passeio acabou ainda foi possível tirar algumas fotos perto do cais, pelo centrinho de Ilhabela, um lugar que parece ter muito mais a oferecer do que deu tempo para ver!
É HORA DE DAR TCHAU…
Na hora de ir embora, é importante observar os procedimentos. No jornalzinho que é deixado todo dia na cabine eles dão as orientações necessárias, mas, resumidamente, é o seguinte: na véspera do desembarque, à noite, é solicitado que você deixe a mala devidamente etiquetada do lado de fora de sua cabine. Não se preocupe, eles dão novas etiquetas. Ah, e elas tem cores diferentes.
No jornalzinho, eles informam o horário de desembarque de cada cor e onde é o ponto de encontro. Por exemplo: etiqueta rosa, ponto de encontro no Bar YYY do navio. Desembarque às 9h. Isso quer dizer que todo mundo que tiver aquela cor de etiqueta tem que ir pro Bar YYY e o desembarque desse grupo de passageiros será autorizado às 9h da manhã. Claro que nunca é exatamente no horário, rs, costuma atrasar. Mas é um horário que eles tentam seguir. Da nossa segunda vez o desembarque foi mais pontual do que da primeira.
No dia do desembarque você também tem que pagar o que consumiu durante o cruzeiro. Caso vá pagar no cartão de crédito, é mais prático, pois como ele já está vinculado ao seu cartão da cabine (você faz isso quando chega no cruzeiro), eles deixam a nota na sua cabine na noite anterior ao desembarque, você assina autorizando e eles já debitam direto do seu cartão, sem precisar você enfrentar a fila para pagar.
Se for pagar no dinheiro, assim como nós, terá que enfrentar uma filinha básica. No primeiro cruzeiro, também lendo nos blogs da vida, pegamos a dica de acordar muito cedo (muito mesmo, tipo 5h da manhã), ir direto para a fila que está vazia a essa hora e depois ir tomar café da manhã já com suas coisas.
Da segunda vez resolvemos fazer diferente. Como não pretendíamos gastar mais nada, na véspera mesmo fomos perguntar se poderíamos fechar a conta, num momento em que não havia fila. E, pasmem, foi possível! Assim, pagamos em cash mesmo e sem estresse! Bem melhor, hein?!
Falando em pagar… É sempre de bom tom deixar uma gorjeta para quem te atendeu durante a sua estadia e aí me refiro ao garçom ou garçons que te atendeu/atenderam e a camareira que era responsável pela limpeza do seu quarto (você sempre a conhece, pois ela normalmente bate na sua cabine no início do cruzeiro para se apresentar).
No nosso caso, deixamos a gorjeta para a camareira dentro de um envelope no próprio quarto da primeira vez e na segunda conseguimos entregar em mãos a ela. Já para o garçom, entregamos em mãos também. Eles ficam muito felizes com esse reconhecimento e sempre ajuda, né?! =)
Ah! Lembre-se: se o cruzeiro reteve o seu documento de identificação, como nesse internacional que fizemos, pegue-o de volta! Achamos uma falha, pois em lugar nenhum foi informado ou lembrado isso aos passageiros! A gente só lembrou nem sei como, na hora em que já estávamos saindo! Aí voltamos e pegamos os documentos, que estavam bem próximos à saída.
É sempre bom lembrar também de olhar todos os compartimentos da sua cabine antes de sair! Meu marido pendurou duas camisas no armário e, tcharam, as esqueceu lá dentro porque não abrimos o armário antes de sairmos! E só lembramos disso já estando em casa!!! Para a nossa sorte, como o navio estava ainda ancorado no porto aqui do Rio e não moramos tão longe assim, foi possível voltar e recuperar as blusas, que foram guardadas pela camareira do nosso quarto, hahahaha!
RESUMINDO: VALE A PENA OU NÃO FAZER UM CRUZEIRO?
Olha, na minha opinião, vale e muito! Você tem a possibilidade de ficar no navio aproveitando e também de conhecer outros lugares, mesmo que seja rápido! Assim você fica com aquele gostinho de quero mais e acaba retornando para conhecer melhor um dos lugares em que foi.
Se puder programar os passeios por conta nas paradas, melhor ainda! Só tome cuidado com o horário para não perder o navio!
Eu certamente farei um novo cruzeiro, mas quero muito fazer por outra companhia, como a Royal Caribbean ou a Disney Cruize Line! =) Já fiz dois da MSC e acho que já chega dela. Aliás, de 2014 para 2017 eu achei que houve uma queda nos serviços deles (MSC), principalmente com relação àquela questão do almoço no restaurante “chique”. Mas, se você nunca fez um cruzeiro, não vai sentir essa diferença, pois não terá com o que comparar. Assim, ainda acho que vale à pena investir em um cruzeiro dessa companhia.
E você, já fez algum cruzeiro? Por qual empresa? Como foi sua experiência? Conta para a gente! Até a próxima!!!
4 Comentários
Viviane Lopes
Olá!
Os documentos ficam retidos para que diminua o risco da pessoa ficar no país onde possue desembarque.
😉
Juliana Vieira
Olá, Viviane!
Poxa, obrigada por informar! Já vou até atualizar no post!
Valeu mesmo!
Se tiver mais dicas sobre cruzeiros, não hesite em compartilhá-las conosco! 😉
Bjs!
Adalgisa
Maravilhoso o POST! Parabéns, tenho medo de mar, mas acho que agora me decidi a fazer um cruzeiro!
Juliana Vieira
Dal, que bom! 😀
Não tenha medo não, você irá adorar!
Beijocas! :*