Um paraíso chamado Morro de São Paulo

Morro de São Paulo fica na Ilha de Tinharé. Mais especificamente, é um distrito no município de Cairu na Bahia.

Na última semana de julho estive em Morro. Mas por que escolhi visitar a ilha em pleno inverno? Porque foi o mês em que eu e meu marido tiramos férias. Além disso, queríamos fazer o passeio de observação das baleias Jubarte. Esse passeio acontece entre os meses de julho a novembro, pois as baleias fogem do inverno da Antártida e migram para o Brasil para terem seus filhotes e se acasalarem. Mas nosso tiro saiu pela culatra. Vou falar sobre isso mais à frente. Bom, vamos começar do início explicando como chegar em Morro de São Paulo.

COMO CHEGAR

Há três formas de se chegar em Morro: por via marítima, semi-terrestre ou aérea.

• Via marítima

Diariamente partem catamarãs e lanchas de Salvador para Morro de São Paulo. Na baixa temporada (que foi o meu caso) há menos horários de partidas. Optei por essa via, pois através de minhas pesquisas concluí que era a de melhor custo benefício. Fechei o transporte de ida pela Zulu Turismo pois li boas resenhas sobre essa empresa. O catamarã era da Biotur. Mas por que só fechei a ida? Porque li e ouvi que muitas pessoas enjoam e passam mal durante o percurso, e se eu ou meu marido nos sentíssemos mal, voltaríamos para Salvador de semi-terrestre. O trajeto leva em média 2 horas em mar aberto, mas o tempo de duração pode aumentar dependendo do clima e dos ventos. E se o clima estiver muito desfavorável, a travessia marítima é substituída pelo transporte semi-terrestre. E foi justamente isso o que aconteceu comigo.

Fomos do Rio de Janeiro a Salvador de avião. Chegamos em Salvador debaixo de chuva. Do aeroporto de Salvador pegamos um uber até o Terminal Marítimo. Esse percurso dura em torno de 1 hora. O nome do terminal é Terminal Turístico Náutico da Bahia e fica localizado bem aos fundos do Mercado Modelo. Chegando no guichê da Biotur fomos informados de que, devido ao tempo, iríamos de semi-terrestre. Chegamos lá por volta das 11:30 e o horário do nosso catamarã era às 14:30. Então, deixamos nossa mala guardada no terminal (custou R$ 10,00) e fomos passear no Mercado Modelo. Comi um hambúrguer numa lanchonete ao lado do Elevador Lacerda. Não tive coragem de almoçar por ali pois os restaurantes eram bem “pé sujo”.

• Via semi-terrestre

Através dessa via, como o próprio nome diz, fazemos parte do percurso por via marítima e parte por via terrestre. É um trajeto mais demorado e mais cansativo. Dura praticamente 1 hora a mais que o trajeto por via marítima e é feito em 3 etapas.

– Primeira etapa: Pegamos o catamarã de Salvador até o Terminal de Mar Grande, na Ilha de Itaparica. Esse trajeto dura aproximadamente 40 minutos.

– Segunda etapa: Em Mar Grande pegamos um micro-ônibus até o atracadouro de Bom Jardim, na cidade de Valença. É um percurso de 130 Km e leva pouco mais de 1 hora. Fizemos uma parada em uma loja de conveniência num posto de gasolina. O micro-ônibus não possui banheiro, então essa é a única oportunidade de ir ao banheiro antes de chegar em Valença.

– Terceira etapa: A chuva não deu muita trégua e Valença estava sem energia elétrica quando lá chegamos. Lá pegamos mais um catamarã até Morro de São Paulo e esse percurso dura por volta de 20 minutos.

• Via aérea

É a via mais rápida, mas também é a mais cara. O táxi aéreo sai do aeroporto de Salvador (SSA) e vai direto para a ilha. Tenho medo de avião, então não entro de jeito nenhum nesses aviõezinhos pequeninos, mas fiz uma cotação só por curiosidade. O trecho custa aproximadamente 600 reais, ou seja, mais caro do que Rio – Salvador – Rio (paguei R$ 500,00 ida e volta, fora o despacho da bagagem). O tempo de viagem é de 20 minutos.

A cia área Azul é a que chega mais perto de Morro de São Paulo. Opera Vôos até o aeroporto de Valença, mas somente aos sábados.

As vias marítima e semi-terrestre têm praticamente o mesmo preço: em torno de R$ 96,00 o trecho.

A CHEGADA

Nossa partida de Salvador estava prevista para às 14:30, mas houve um atraso e saímos às 15 horas. Chegamos em Morro às 18:10. Ao chegar à ilha, os visitantes precisam pagar uma taxa que é a tarifa por uso do patrimônio do arquipélago. O valor é de R$ 15,00 por pessoa. Mais tarde fiquei sabendo que eu poderia ter pago a metade do valor, pois estudantes e idosos pagam meia. O meu caso seria meia de estudante pois sou universitária. Mas aí papei mosca e paguei o valor cheio. É aconselhável guardar o comprovante de pagamento, pois caso você saia da ilha, não precisará pagar a taxa novamente ao retornar.

Em Morro de São Paulo não há circulação de carros, taxi, uber e assemelhados até a segunda praia pelo menos. E há muitas ladeiras. Mas quando chegamos ao porto, os carregadores de mala oferecem seus serviços. Eles transportam nossas malas em carrinhos de mão até o nosso hotel. O valor que cobram depende da quantidade de malas. Como eu e meu marido estávamos dividindo uma mala média, o carregador nos cobrou R$ 20,00. O carrinho de mão sai lotado de malas pois eles carregam malas de vários turistas ao mesmo tempo.

Ao sair do porto e chegar à vila já gostei de Morro! A igreja, a praça, as lojinhas, os restaurantes, a movimentação de turistas… e as ladeiras. As ladeiras me fizeram sentir que estava na Grécia (apesar de não conhecer a Grécia, mas imagino que seja parecida com Morro, só que com as casas todas brancas…rsrsrsrs…). Passamos pela praia, mas não deu para apreciar a beleza, pois já estava escuro e ainda chovia. Fora o cansaço, afinal estávamos nessa aventura desde cedo (nosso vôo do RJ partiu às 08:40 da manhã).

ONDE SE HOSPEDAR

As Primeira e Segunda Praias são as mais movimentadas. Na Terceira Praia a movimentação é mais tranquila. E a tranquilidade vai aumentando na medida em que as praias vão se afastando do centro. Então, para escolher onde se hospedar, você deve decidir se quer estar na agitação ou se quer sossego.

Me hospedei no Hotel Morro da Saudade, que fica situado à Rua do Receptivo (na segunda Praia). Achei a localização ótima! Apesar de ficar na Segunda Praia, não era na rua principal, mas sim transversal à rua da praia. Era uma rua bem tranquila e era só descê-la e já estávamos no burburinho.

Reservei o hotel através do site booking.com e no check-in ganhei um upgrade para o quarto com varanda com rede e vista para as piscinas. Fiquei pensando que talvez o upgrade tenha ocorrido por eu ser cliente Genius do booking… não sei…

Há uma piscina infantil e uma para adultos (mais funda, com 1,60m). As piscinas são muito boas. O café da manhã também era bom, composto de café, leite, suco, pães, bolos, frios e frutas. No quarto em que ficamos havia duas camas (uma de casal – acho que era tamanho queen – e uma de solteiro), ambas muito confortáveis, banheiro, frigobar, tv de tela plana, ar condicionado, mas era beeem simples.

PRAIAS

As paisagens e praias de Morro de São Paulo são um espetáculo. É realmente um paraíso, um presente de Deus e nenhuma foto consegue capturar toda a beleza do lugar.

• Primeira Praia

É a praia da tirolesa, mas confesso que não vi ninguém descendo a tirolesa. Ainda cedo a maré subia e as ondas ficavam bem fortes. O que vi foram muitos surfistas nessa praia. Eu realmente havia lido que no inverno essa praia é ótima para o surf. À noite a maré descia novamente.

• Segunda Praia

É a praia mais frequentada e foi uma das que mais gostei. Com restaurantes (alguns com música ao vivo), lojas e hotéis em sua orla. Uma rede de vôlei fica instalada na areia e as pessoas estavam jogando. Um clima super descontraído tem essa praia. À noite aparecem as barraquinhas de churros e sucos. Provei um suco delicinha de rambutan (que eu não conhecia) com cacau e morango. O copo de 500 ml era vendido a R$ 12,00. Quando é adicionado álcool à bebida, o seu valor aumenta.

• Terceira Praia

A Ilha da Saudade fica na divisa entre as Segunda e Terceira Praias. Restaurantes, pousadas e hotéis estão nessa praia. É nessa praia que está a pequena Ilha do Caitá, rodeada de corais e por isso é um ponto de mergulho.

• Quarta Praia

Depois da Terceira Praia vem a Quarta Praia. Por ser mais afastada é mais tranquila. Uma grande barreira de corais forma piscinas naturais com muitos peixinhos. Mas para aproveitar as piscinas, você deve ir quando a maré estiver baixa. Descobrimos uma fotógrafa lá na praia quando a maré já estava começando a subir. Conseguimos boas fotos, apesar da tensão da iminência do mar levar as nossas mochilas que estavam nos corais. Mas havia lá um nativo que estava tomando conta dos pertences dos turistas e se não fosse por ele, o mar realmente teria levado nossas mochilas. Conforme a água do mar ía subindo e se aproximando de nossas coisas, o nativo ía colando os nossos pertences aonde a água ainda não tinha chegado. Mas é impressionante a força da natureza, de um minuto para o outro a maré sobe rapidamente.

Para saber com mais precisão sobre as marés, há aplicativos que dão essa informação.

Bom, mas voltando à fotógrafa da Quarta Praia. As fotos eram tiradas com uma câmera GoPro dentro de um dome, ou seja, fotos aquáticas lindas! A fotógrafa trabalhava para a empresa Foto Tour, que fica na Primeira Praia. À tarde desse mesmo dia fomos à loja e demos os nossos nomes para localizarem nossas fotos. Acho que havia umas 15 fotos nossas. Acabamos escolhendo 4 fotos e cada uma custou R$ 10,00. A atendente pergunta se a gente quer a foto por WhatsApp ou email. Eu optei por receber por email.

• Quinta Praia ou Praia do Encanto

Praia linda, com muitos coqueiros e deserta pois é bem longe para ir a pé. Cheguei até essa praia através de um passeio que fiz que vou falar mais à frente. E a água do mar? Estava morninha. Uma delícia!

• Praia de Garapuá

Essa é uma praia também bem afastada e cheguei nela através de um passeio contratado. O mesmo passeio que me levou à Praia do Encanto. É considerada a praia mais bonita da Ilha de Tinharé (mas particularmente a praia que mais gostei foi a Segunda). Nessa praia há quiosques, há uma mini-pracinha com São Francisco de Assis e uma Igrejinha. A paisagem é formada por muitos coqueiros e as fotos mais uma vez não conseguiram capturar toda a beleza do lugar. Quando a maré está baixa, é possível usufruir das piscinas naturais. Um barco (que está incluso no valor do passeio) nos leva da praia até as piscinas naturais, mas nem fui pois, além do mar estar muito agitado devido ao tempo ruim, a maré já não estava tão baixa. Então, ficamos somente na praia. E almoçamos uma gostosa moqueca de camarão no Quiosk da Valdete.

PASSEIOS

• Observação de Baleias

Como falei no início desse post, a possibilidade de fazer esse passeio foi um dos principais motivos que me levaram à Morro de São Paulo. As baleias jubarte migram para o Brasil para se acasalarem e terem seus filhotes. Esse passeio acontece de julho a novembro.

Iríamos fazer o passeio no dia seguinte à nossa chegada em Morro, mas na noite anterior ao passeio recebi uma mensagem da Rota Tropical Turismo (que é a empresa autorizada a fazer esse passeio) informando sobre o cancelamento do passeio devido às condições climáticas e ao mar agitado.

O passeio custou R$ 198,00 por pessoa. Acabei trocando o passeio por outro mais barato e recebi a diferença de volta em cash lá na empresa mesmo. Como eu havia feito o pagamento através de TED, recebi a devolução do dinheiro em espécie. Caso eu tivesse feito o pagamento através de cartão de crédito, a devolução seria feita através do cartão e aí o processo seria mais demorado.

• Volta a Ilha

É o passeio carro-chefe de Morro e é feito de lancha. O passeio dura o dia todo e são feitas paradas em Garapuá, Moreré, Boipeda, Canavieiras e Cairo. Custa R$ 180,00 por pessoa. Como o mar estava agitado, acabei optando pelo passeio de carro.

• Garapuá em carro 4 x 4

Optei por esse passeio achando que fosse o mais tranquilo, mas me senti num safari só que sem os animais. O passeio foi feito num Toyota 4 x 4 cabine dupla e com a caçamba adaptada com 2 bancos onde cabiam 4 pessoas em cada banco. Dentro da cabine estava o motorista Alex e mais 3 turistas argentinas. Na caçamba estávamos eu, meu marido, uma argentina com 2 filhas e uma dupla de mãe e filha de São Paulo.

A estrada é de terra e como havia chovido bastante no dia anterior e à noite, pegamos muita lama e muitas bolsas de água pelo caminho. No caminho vimos um outro 4 x 4 atolado. E então entendi porque só tem automóvel 4 x 4 em Morro. Esse passeio custou R$ 80,00 por pessoa e dura o dia todo (das 10 às 17h). E o ponto de encontro foi na Rua do Receptivo, ou seja, na rua do meu hotel.

A primeira parada foi na Praia de Garapuá. Falei sobre essa praia no tópico sobre praias.

O Alex nos deixou no Quiosk da Valdete. A barraca possui mesas, cadeiras e espreguiçadeiras na areia da praia. Há um chuveirinho para tirarmos a areia do corpo e dois banheiros (um feminino e um masculino) simples porém limpos e cheirosinhos. Havia outros quiosques na praia, mas optamos por almoçar no Quisk da Valdete mesmo. Pedimos uma moqueca de camarão. A moqueca era farta e estava muito gostosa.

Incluído no valor desse passeio, estava o transporte de barco da praia até as piscinas naturais, mas acabei não indo pois, além do mar estar muito agitado devido ao tempo ruim, a maré já não estava tão baixa. Então, não dava para ver as piscinas naturais.

Saímos dessa praia era por volta das 15:30. E a outra parada foi a Praia do Encanto. Praia deserta e com uma paisagem deslumbrante. Também já falei dessa praia no tópico sobre praias.

OUTROS LUGARES PARA VISITAR

• A Vila

A Vila é composta pela Rua Caminho da Praia (que é a rua principal da Vila), Rua da fonte Grande, as ruas laterais, a Praça Aureliano de Lima e a Igreja Nossa Senhora da Luz. É um dos points de Morro com grande circulação de turistas de todas as partes do mundo e, principalmente, do Brasil e Argentina. Na Vila há lojas, restaurantes, hotéis e pousadas, farmácias, mercadinhos e agências de turismo (onde são vendidos diversos tipos de passeios em Morro).

• Praça Aureliano de Lima

Ao sair do Cais do Porto, cruze o Portaló (que é o portal de entrada da ilha), vire à direita, suba a rampa, siga em frente e você estará na Praça Aureliano de Lima. A praça é o centro de Morro de São Paulo. Há lojinhas e restaurantes e à noite são montadas barraquinhas onde há venda de produtos locais, como cocada de chocolate, sabonete de argila e artesanato em geral.

• Igreja Nossa Senhora da Luz

Fica entre o Cais do Porto (logo após a subida) e a Praça Aureliano de Lima. Igreja em estilo barroco e que teve sua construção concluída em 1845.

• O Casarão

Localizado na Praça Aureliano de Lima, é um dos monumentos históricos de Morro. Foi onde se hospedaram Dom Pedro II e a Marquesa de Santos em sua visita à Ilha em 1859. Hoje funciona no local uma pousada e restaurante, mas os detalhes originais do prédio foram preservados. Vou falar mais um pouco sobre o Casarão no tópico Restaurantes.

• Fonte Grande

Ficou famosa após a visita de Dom Pedro II e da Marquesa de Santos. Foi construída em 1746, sendo o maior sistema de abastecimento de água da Bahia colonial.

• Fortaleza Tapirandú ou Forte do Morro de São Paulo

Foi construída em 1630 para proteger a entrada da Ilha de esquadras inimigas. A obra foi concluída em 1730 e foi acrescentado o Forte da Ponta e a cortina de muralhas que hoje são protegidas pelo Patrimônio Histórico Nacional. Quando estive lá havia uma arquibancada e um palco montados no Forte da Ponta e fiquei sabendo que na alta temporada são realizados espetáculos por lá. Tirando a parte das batalhas, o lugar é lindo e de onde se pode apreciar um lindo pôr do sol.

• Farol

Foi construído em 1855 e o registro histórico mais importante relacionado ao farol foi quando Dom Pedro II descreveu o monumento em seu diário durante a visita da Família Real em 1859. Só consegui visitar o farol à noite e devido à pouca iluminação do local não consegui boas fotos. Além disso, cruzei com muitos morcegos pelo caminho…rsrs… Chega-se ao Farol subindo a Rua Caminho do Farol, próxima à Igreja. Há um mirante no farol, de onde muitas pessoas assistem ao pôr do sol.

RESTAURANTES

• Bela Viela

Foi onde jantamos em nossa primeira noite em Morro de São Paulo. Nos perdemos e fomos parar numa ruazinha pequena e fora do burburinho, mas super bonitinha com restaurantes e pousadas, em uma das ruas paralelas à Segunda Praia. O dono é italiano e em cima do restaurante funciona uma pousada. Meu marido pediu massa. Eu pedi peito de frango à milanesa, arroz, fritas e salada e para beber, suco de manga (adoro!). Vieram dois grandes peitos de frango no meu prato. A comida era gostosa e farta e meu marido me ajudou a comer os peitos de frango (era muita comida!).

• Quiosk da Valdete

Foi nesse quiosque que almoçamos em nosso passeio à Praia de Garapuá. Pedimos moqueca de camarão. E para variar pedi suco de manga. Comida farta e muito boa. O prato servia duas pessoas. E a moqueca estava delicinha.

• Carpaccio & Pizza Forno à Lenha

Nessa noite estávamos atrás de pizza e encontramos esse restaurante na Rua Caminho da Praia, na Vila. A partir do tamanho médio já é possível pedir 3 sabores de pizza. Então, pedimos as de marguerita, mista (com presunto) e parma. Pedimos pizza doce pequena, então podia escolher apenas 2 sabores e escolhemos de chocolate e banana. As pizzas estavam deliciosas. E adivinha o que bebi? Suco de manga! Ahahaha (amoooooo!). No restaurante também rola rodízio de pizza.

• Sambass

O restaurante fica na orla da Segunda Praia, com música ao vivo. As mesas ficam em seu interior e também na areia da praia. Optamos por ficar em uma mesa na areia da praia. Mas nesse dia não estávamos com muita fome, então pedimos um prato para uma pessoa e um prato extra para que pudéssemos dividir a comida. Tem restaurante que implica com pedidos desse tipo, mas lá nos atenderam numa boa. Pedimos peito de frango grelhado, arroz, purê de batata e salada. Mais um suco de manga para a conta. Dividimos o prato, mas a sobremesa cada um pediu a sua…rsrsrsrs… Marido pediu sorvete de creme e eu pedi brownie com sorvete de creme e morango. Acho que foi o brownie mais bonito (o sabor também estava bem bom) que já comi com o morango cortado em formato de flor.

• O Casarão

Já contei um pouco a história do Casarão no tópico “Outros Lugares Para Visitar”.Mas vamos falar do restaurante em si. Para mim esse foi o melhor restaurante em que estive em Morro. Ambiente lindo, aconchegante e romântico, com música ao vivo, ótimo serviço e boa comida. Eu pedi espaguete com molho de camarão. Meu marido pediu peixe com purê de batata doce (não lembro o nome do seu prato). E bebi… suco de manga! De sobremesa pedimos cocada, mas a garçonete perguntou se não queríamos outra sobremesa pois a cocada não estava muito boa nesse dia. Achei gentil da parte dela nos avisar. Então, trocamos a cocada por rocambole de chocolate com recheio de coco e sorvete de creme. Dessa vez, dividimos a sobremesa.

Falei sobre o ótimo serviço do restaurante, mas a verdade é que achei o serviço em Morro de São Paulo muito bom. Como a cidade vive de turismo, nós turistas somos muito bem tratados todo o tempo.

• Marilyn Café

Localizado na orla da Segunda Praia. Assim como no Sambass, no Marilyn Café as mesas ficam em seu interior e também na areia da praia. Mas dessa vez optamos por ficar em uma mesa dentro do restaurante. Pedimos Grelhada Mista de Peixe. O prato era composto de lagosta, camarão, peixe cavala ou dourado, lula, polvo, batata frita, arroz e salada. Perguntamos se era possível trocar a lula e o polvo por mais peixe e camarão e fomos atendidos. Foi a nossa refeição mais cara em Morro de São Paulo, custando R$ 170,00. Como o garçom nos ofereceu um drink de cortesia e aqui em casa não bebemos álcool, perguntamos se o nosso drinque poderia ser substituído por suco e ganhamos uma jarra de limonada (não tinha suco de manga nesse restaurante). Mas a comida estava deliciosa. O prato servia duas pessoas (ou mais).

• Toca do Morcego

Um dos lugares mais famosos de Morro de São Paulo. Muitas pessoas vão para lá para assistirem ao pôr do sol. Mas quando eu e meu marido chegamos lá, o sol já tinha se posto. E a música ao vivo já tinha acabado. Ficamos sabendo que a música ao vivo começa por volta das 18 horas e vai até às 19 – 19:30 mais ou menos. Quando chegamos lá já estava na hora do DJ. Eu tinha lido que era recomendado chegar cedo pois a fila de espera é grande. Não sei se foi porque chegamos depois do pôr do sol ou se porque era baixa temporada, mas o restaurante estava vazio. Pedimos pizza. A pizza de lá era de tamanho único e não era possível pedir mais de um sabor na mesma pizza. Então optamos pela pizza Capresse (mozarela, tomate fresco, tomate seco, alho, manjericão e azeitona). Não resisti a pedir um suco de manga…rsrsrsrs… Achei a pizza do Carpaccio & Pizza Forno à Lenha bem mais gostosa. Mas ainda assim recomendo a visita à Toca do morcego. Como falei anteriormente, é preciso pagar uma taxa de R$ 15,00 por pessoa para entrar no restaurante. O ambiente é super legal e muito bonito. A vista é maravilhosa!

• Rosiane Drink’s

Na verdade não é um restaurante. É uma barraquinha que fica na Segunda Praia vendendo drinks e sucos de frutas. Há diversas barraquinhas desse tipo na praia. Por recomendação de uma argentina que conhecemos no passeio à Praia de Garapuá, queríamos experimentar o suco de rambutan (que é uma fruta que eu nunca tinha ouvido falar). Escolhemos o suco de rambutan, cacau e morango. Pagamos R$ 12,00 no copo de 500ml. O drink alcoólico é mais caro um pouco. O rambutan lembra um pouco a lichia. Eu achei que o gosto lembra um pouco o coco. Recomendo a experiência de tomar um suco com as frutas locais.

PÔR DO SOL 

Há alguns points famosos para quem gosta de apreciar o pôr do sol.

Foi da Fortaleza Tapirandú que eu assisti ao pôr do sol. Lindo espetáculo da natureza! Percebi que lá havia algumas pessoas fumando maconha.

O mirante do farol é um local com uma vista linda e é para onde as pessoas vão também para apreciar ao pôr do sol. O mirante fica, na verdade, atrás da fortaleza, só que bem mais alto.

Portaló Sunset Bar, onde também funciona um hotel. Fica ao ladinho do cais do porto e do arco de entrada da ilha. Tem música ao vivo e o ambiente é super agradável. Embora eu não tenha assistido ao pôr do sol de lá, fui conhecer o lugar.

Mas um dos lugares mais famosos é o restaurante Toca do Morcego. O ambiente é muito legal, com música ao vivo, DJ, mesinhas e até alguns sofás, luz de velas. Paga-se uma entrada de R$ 15,00 por pessoa e o que você consumir é pago à parte. O lugar é tão famoso que eu fiz questão conhecer. Vou contar mais no tópico Restaurantes.

MUST HAVE

Biquini, canga, protetor solar… isso eu nem preciso falar. Mas vocês conhecem o tênis aquático? Eu não conhecia, mas meu marido veio com essa novidade. Comprou um par para ele e eu achei que era frescura. Mas chegando em Morro ele comprou um par para mim também, pois disse que eu iria precisar. Dito e feito! Na minha opinião é um item essencial para quem visita Morro de São Paulo e principalmente suas piscinas naturais formadas por corais. Vi várias pessoas andando pelos corais de chinelo e até mesmo descalças, mas é desconfortável demais. Eu não conseguiria sem os meus tênis aquáticos. Obrigada, marido, pelo presente!

Marido tinha um outro Must Have em sua lista: máscara de mergulho com snorkel acoplados. Esse modelo que ele queria tem uma tecnologia que a lente não embaça. A lente pega o rosto todo. Então tem que comprar do tamanho certinho do seu rosto para não entrar água. Só que deixamos para comprar esse item praticamente na véspera na viagem e na loja em que fomos (na Decatlon) não tinha o tamanho e nem a cor que queríamos. E na ilha esse modelo de máscara estava custando bem mais caro. Conclusão: ficamos sem.

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Adoro ensaios fotográficos e reservei uma manhã para o nosso ensaio de casal. Descobri a fotógrafa Ravine Marttin no Google. As resenhas eram ótimas! Quem quiser pode segui-la no Instagram no @ravinemarttin. Enviei mensagem de WhatsApp pedindo informações e ela respondeu super rápido. Ela é muito atenciosa e gentil. Deu dicas de figurino, acessórios, poses…

Ela faz 3 pacotes: o de 20 fotos por R$ 300,00, o de 30 fotos por R$ 390,00 e o de 40 fotos por R$ 490,00. A princípio fechei o pacote de 20 fotos. O combinado seria que ela me enviaria uma prévia em 7 dias, mas enviou antes do prazo. As fotos ficaram lindas! Foi impossível escolher somente 20. Acabei ficando com todas, num total de 114 fotos.

No dia do ensaio, nos encontramos na Segunda Praia e fotografamos nas Primeira, Segunda e Terceira Praias. Eu pedi para que ela me avisasse caso minha postura estivesse feia pois sou um pouco desleixada com isso. E ela me ajudou muito com dicas de poses, postura, cenários. Amei a experiência e recomendo a todos que pretendem visitar Morro de São Paulo e que amam fotografia. É uma linda lembrança! 

OUTRAS DICAS

• Bancos

Não existem bancos em Morro de São Paulo. Existem caixas eletrônicos do Banco do Brasil e do Bradesco e muitas vezes esses terminais não estão abastecidos. Apesar da maioria dos estabelecimentos aceitar cartões de crédito, é bom levar dinheiro em espécie pois os cartões não são aceitos para a compra de alguns passeios, em barraquinhas e estabelecimento menores.

• Rede elétrica

A rede elétrica é de 220 V em Morro de São Paulo.

• Serviço de saúde

Há um posto de saúde público e 3 farmácias em Morro, mas que possuem medicamentos básicos. O posto de saúde fica localizado no caminho para o farol, na Vila.

Há uma clínica chamada Cliluz, localizada na galeria Funny no final da Segunda Praia. Essa clínica faz atendimento particular e atende também alguns seguros de viagem.

O hospital mais próximo fica na cidade de Valença.

• Preços

Atenção: Queridos leitores, todos os preços que aqui informei são referentes aos valores que paguei em julho/2019.

VOLTA

Só compramos a passagem de ida, por via marítima, do catamarã Salvador – Morro de São Paulo. A ideia era a seguinte: se passássemos mal, voltaríamos pela via semi-terrestre. Só que como escrevi anteriormente, o tempo estava ruim e o nosso transporte marítimo foi alterado para o semi-terrestre. Achei bem demorado e cansativo. Então, lá em Morro, fomos à loja da Biotur e compramos a volta por via marítima. E mais uma vez fomos alertados que se o clima não colaborasse, o transporte seria alterado para o semi-terrestre.

Nosso catamarã deixou o porto pontualmente às 11:30. A minha experiência com a via marítima não foi muito boa. Levamos 2 horas e 10 minutos de Morro até Salvador. Foram as 2 horas mais longas da minha vida. O catamarã vai por alto mar e sacode demais, demais mesmo. Sabe aquela sensação de frio na barriga quando a gente vai em montanha-russa? Toda hora eu sentia esse frio na barriga, com o agravante de que o barco não estava preso a nenhum trilho. Antes da viagem tomei um comprimido de Vonau Flash de 4mg (é um remédio para enjôo) e, graças a Deus, não passei mal.

Meu marido adorou o catamarã pois foi uma viagem bem mais rápida. Mas para ele não passar mal, ele usou uma tática: colocou a cabeça no encosto do assento e fechou os olhos. Nisso ele acabou dormindo e não viu a viagem e nem os sacolejos.    

Passamos uma tarde e uma noite em Salvador, pois o nosso vôo estava marcado para às 5h da manhã.

Apesar de não ter visto as baleias e da volta tensa para Salvador, eu amei a viagem! Amei Morro de São Paulo e já quero voltar!